Lá vem aquele sorriso torto com cara de sono dizendo bom dia. Um pouco de dor de cabeça também, as taças de vinho e a musica alta não fizeram tão bem. Hoje quer sair, ver pessoas, misturar-se com o caos. Seus olhos percorrem toda a multidão como se fossem estranhos a ela, como se procurassem alguém. Toda essa pressa deve ser isso, está a própria procura. Louca de vontade de saber quem é, e deixar de lado palavras fúteis e desnecessárias. O batom vermelho não muda, ele demonstra toda a sua superioridade. Seu café favorito reserva sua mesa mais discreta para ela, que quase nem é notada. Os que a percebem, olham indignados com tamanha beleza dissipando-se em pensamentos. Por eles, estaria em uma bar qualquer, enchendo a cara com uns amigos estranhos que pensam que o amanhã não existe. Pensa diferente, sabe que o amanhã vai trazer tudo o que o ontem prometeu e o hoje esqueceu. E esse mesmo amanhã irá ajuda-la a descobrir quem ao certo a tem, e que talvez ela não tenha ninguém. Mas enquanto isso, um café quente vai bem.
Nossa que bonito, você escreveu esse texto muito bem, posso dizer que é um dos melhores que eu li aqui, parabéns (:
ResponderExcluirMuito obrigada, Lígia :)
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